SOU PAIN

A paiN de 2015 não ficou conhecida apenas pela grife de seus jogadores, pela final no Allianz Parque em frente a mais de 12 mil torcedores, pela melhor atuação brasileira num mundial, não.

Aquela paiN ficou conhecida porque tinha o dom de encantar. De transformar cinco jogadores em uma família. De fazer com que jogadas virassem memórias afetivas em nossas mentes.

Quem não lembra do ult de Azir de Kami? Com Dioud ao lado gritando “Oh Kami, oh my god!” Do backdoor do Mylon? Com a paiN inteira perseguindo a INTZ. De Kami roubando o Barão das mãos da Keyd? Com a equipe aos berros.

A paiN 2015 cativa emoções, cria esses laços nas nossas memórias. De jogadas que sabemos cada detalhe, cada campeão, cada palavra da narração. Cravando momentos em pedra na história do League of Legends brasileiro. Essa é a paiN. E essa é uma de suas jogadas.

Line-up

“Histórica, Tixinha, histórica essa final. Enquanto isso, a INTZ fica neste cerco no meio, já o Mylon se separa da paiN para pressionar no split push”.

Na tarde do dia 08 de agosto de 2015, Toboco e Tixinha sentiam a tensão no ar. O terceiro jogo da final da Segunda Etapa do CBLoL 2015 já estava 2-0 para a paiN sobre a INTZ, mas poderia muito bem estar 2-2 e a disputa valer o título para ambos os lados. Mesmo com os fones tapados ouvindo o jogo, os casters daquela final ouviam o rugido de mais de doze mil torcedores presentes no Allianz Parque, na maior final presencial que o League of Legends já viu até agora. Com o Inibidor do meio já destruído, Mylon, o top laner da paiN, ignora a torre do bot e decide ir direto para o Nexus - sem proteção de suas torres, já destruídas.

“Ele vai para o GG! O MYLON VAI PARA O GG!”, gritou Tixinha, ao lado do narrador. Agora, mais do que ouvir os gritos da torcida, os casters sentiam o estádio tremendo.